Rapsódia Revisitada

quarta-feira, 23 de setembro de 2015


Benito Juarez - Maestro da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, por 25 anos.

Benito Juarez foi um dos maiores incentivadores da realização do filme “Rapsódia para cinema e orquestra” em 1991. 

No período o maestro Benito estava à frente  da Orquestra Sinfônica de Campinas assim como era o regente da Orquestra da Unicamp. Os contatos feitos com ele por Adilson Ruiz, Diretor do filme,  e pelo Maestro Lívio Tragtemberg, também professor do Instituto de Artes, à época foram intensos. 

Com grande entusiasmo, Benito participou das filmagens em diversos momentos, mesmo antes dos dias das filmagens, mas foi nos dias das gravações que ele esteve integralmente com a equipe.
As primeiras tomadas foram à frente da Orquestra Sinfônica no teatro interno do Centro de Convivência. Era preciso, inicialmente, executar e gravar a trilha que serviu de base para toda a película. 
À tarde, nos estúdios do Instituto de Artes da Unicamp, Juarez deixou-se maquiar pelo artista Carlos Fernandes, também professor do Instituto de Artes da Unicamp.

Sobre uma base branca no rosto do maestro, foram sendo colocados, um a um, quatro tons de tinta contrastantes de modo que cada uma representasse e servisse como elemento divisor marcante das mudanças entre os quatro momentos do filme.  

Esta foi a simbologia proposta pelo Diretor do filme, Adilson Ruiz, que serviu de base para a ideia dos quatro períodos pelos quais os artistas de todas as modalidades passam: preparação, ensaio, realização e, finalmente, a apresentação da obra. 

E para finalizar, representando todos os artistas, com seus intensos sentimentos no fazer artístico no auge a que conseguem chegar e arrebatados pela emoção da realização plena, ele quase explode em êxtase com a apresentação da obra.


Benito foi Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas durante 25 anos (1975-2000).

De acordo com o jornal o Estadão a saída de Benito foi muito sentida por grande parte da população. Para o maestro Julio Medaglia, "a genialidade e qualidade técnica da OSMC eram reflexo da cabeça de Benito" ... 


sábado, 19 de setembro de 2015


Com visitação até 17 de outubro.

República de Campinas - livro de José Pedro Martins e Martinho Caires, fala de 16 lugares da cidade que remetem à memória afetiva e vocação republicana.

Caminhos de Joaquim - obras de Lygia Eluf retratando sua percepção dos caminhos em Joaquim Egídio.

 Veja no FaceBook:


Nosso encontro com Mario Graven Borges na Vernissage no A Cabrita Café, dia 17 de setembro.


Mário Gravem Borges e Flailda Garboggini, na Vernissage, com obras de Lygia Eluf ao fundo

Porque a vida continua e, com ela, bons papos e ideias interessantes surgindo já, como efeito de encontros, reais ou virtuais, com os novos artistas e aqueles que já conhecíamos de outros tempos, muitos dos que participaram daquele período retratado no filme de 1992.





sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Visita a J. Toledo

No período da pesquisa para o "Rapsódia..., tive o privilégio de conhecer o pintor escritor J. Toledo, em 1991, residindo em Sousas, numa casa da estrada para o San Conrado. Avisou-me, quando lhe telefonei, que só poderia me receber ao entardecer. Cheguei sozinha, com máquina fotográfica, por volta das 17h00, quando o sol começava a enfraquecer e recebeu-me numa sala meio escura, tendo a luminosidade vindo apenas de uma janela mal aberta. 

Toledo foi logo falando de seu hábito de dormir de dia e trabalhar à noite e de sua fotofobia, acrescentando que considerava muito mais produtivo trabalhar enquanto os demais dormiam. 

Pela impossibilidade do uso de flash, tentei fotografá-lo com uma grande abertura da lente, mas a imagem saiu péssima (não havia previsto a situação e não levei tripé). Na época, ainda não existiam as câmeras digitais, com os dispositivos de hoje, para checarmos logo a qualidade da foto. Assim, só após a revelação é que consegui constatar que a tomada tinha sido perdida.

Nesse encontro, o pintor mostrou-me e comentou sobre suas obras, principalmente, os registros numa sequência dos momentos da morte do extravagante arquiteto, Flávio de Carvalho, de quem foi muito amigo. Esses esboços de pinturas estavam todos dispostas em quadros em paredes de sua casa. Devo admitir que fiquei um pouco impressionada com as imagens retratadas da morte.

Foto: CEDOC/RAC


J. Toledo ou José Mário Arruda Toledo

Nasceu em São Paulo em 1947 e, em sua juventude, mudou-se para Campinas. De acordo com o crítico de arte, Theon Spanudi, "J. Toledo desenvolveu um surrealismo sui-generis que poderíamos chamar de existencialista". Em vida realizou 99 exposições, contando desde a primeira ocorrida quando tinha apenas 14 anos. 

Sua centésima exposição, em 2008, denominada Tolegrafias, ocorreu no Espaço CPFL Cultura de Campinas como uma homenagem póstuma.  Seu falecimento se deu em 2007.

Além de pintor J. Toledo, foi também escritor, muito influenciado por sua amiga Hilda Hilst, tendo escrito, entre outras obras, a mais completa biografia do artista plástico Flávio de Carvalho, o bruxo de Valinhos, com quem trabalhou na fazenda Capuava, em 1971.  Foi só após 1986 que completou suas pesquisas sobre a vida e a obra de Flávio de Carvalho, com o recebimento da bolsa-auxílio pesquisa inicial do CNPq. entre outras obras destacam-se as biografias publicadas: Flávio de Carvalho - o comedor de emoções , pela editora Brasiliense/Unicamp, em 1994, e  Dicionário de Suicidas Ilustres, pela editora Record, em 1999.

                                                                            Flavio de Carvalho tentou lançar a moda de saias masculinas em 1956


Flávio de Carvalho o Gênio Esquecido

Por Flávio Viegas Amoreira
Flávio de Carvalho, engenheiro, arquiteto pioneiro do modernismo no Brasil, agitador cultural, artista plástico, pensador é das mais “deleuzianas” figuras que antecederam o pós-estruturalismo: o homem que afrontou a moral careta de São Paulo durante 50 anos viveu a revolta sem ressentimento : “resistir à morte, à servidão, ao intolerável, à vergonha, ao presente” segundo Deleuze pode se encaixar perfeitamente ao Flávio de saias pela Barão de Itapetininga, o imoralista priápico, o mestre do traçado que imortalizou os últimos momentos da mãe: alguém que pranteava criando. A existência como “experiência” : Flávio era um projetista do futuro, um virtuose de novos moldes de expressão: Flávio era do caralho! Rizomático gozador que deitou sementes libertárias, mesmo que ainda não valorizado pela extensão e profundidade imanente de sua obra desconcertante. Acabei de ler a imensa e deliciosa biografia do bruxo de Valinhos escrita por J. Toledo:
Flávio de Carvalho, o comedor de emoções (Editora Unicamp/ Brasiliense), um amplo estudo que deve ser achado ainda em sebo ou nos sites de busca. Dessa obra-prima de pesquisa sai carregado de signos recheado de significados: Flávio antropofágico, Flávio regurgitofágico na linha dum Glauber ou Michel Melamed que o sucederiam, Flávio nudista, Flávio santista ocasional que descia a serra para visitar a futura “diva” Cacilda Becker, Flávio visionário do caos cibernético e do vazio de sentido que só seria vencido com Arte militante, cotidiana, Arte como modo de operacionalizar o Absurdo. A casa de Valinhos, as primeiras bienais, o conjunto edificado na Alameda Lorena, onde andará o pensamento de Flávio de Carvalho pelas ruas de Sampa?
Disponível em: https://pausarevista.wordpress.com/2008/12/04/flavio-de-carvalho-genio-esquecido/, acesso em 18 seet. 2015.


domingo, 13 de setembro de 2015

Mário Gravem Borges

No segundo semestre de 1991, visitamos o artista em companhia da colega Gisele Bertinato. Mário nos recebeu com imensa simpatia e com ele ficamos conversando animadamente, por umas duas horas. Tivemos o privilégio de observar suas obras e desfrutamos intensamente de seus comentários sobre sua produção mais recente. Após explicarmos sobre o nosso projeto, Mário aceitou prontamente participar em presença e com um de seus quadros.

Enfim, a obra emprestada para as filmagens foi colocada em cavalete, justamente, no local representado. As tomadas foram feitas em externa, pegando o próprio artista caminhando pela rua até desaparecer por trás do quadro de sua autoria. Importante destacar sua paciência de esperar conosco que o set fosse montado nessa rua do Bairro Vila Industrial. Sua presença entre nós, nas filmagens na rua, foi muito agradável porque se mostrou uma pessoa de ótimo astral, e de bom humor, transmitindo muita satisfação em participar.

Falando um pouco mais sobre a Vila Industrial

As "Vilas” são os principais pontos históricos da Vila Industrial de Campinas, são becos que se convencionou chamar de ‘vilas’.

De acordo com o livro “Além do Túnel, uma Vila - Histórias e Personagens do primeiro bairro-operário de Campinas", de Larissa Velasco, essas vilas são o que de mais precioso restou da época operária do bairro. Apesar da importância histórica e arquitetônica, as vilas Manoel Dias e Manoel Freire estão em estado de desmoronamento e com muitas invasões atualmente.

“As duas mais conhecidas e antigas vilas criadas dentro da Vila Industrial datam das duas primeiras décadas do século passado: a Manoel Dias de 1908 e a Manoel Freire de 1918. As construções foram erigidas pela iniciativa privada, ou seja, pelos próprios donos das áreas, para que as casas fossem vendidas aos ferroviários das companhias férreas” (Larissa Velasco).

Sabíamos que a população era de famílias dos condutores dos trens que pagavam uma pequena quantia por mês para os proprietários das casas, Manoel Freire, que ajudava os inquilinos com alimentos e iguarias sempre que possível.
As brincadeiras eram constantes, pois o local proporcionava segurança às crianças e pais e era diferenciado do resto do bairro. O ‘bequinho’, apresentado na tomada de Mário Borges, era o ponto de encontro para as brincadeiras de turmas de amigos.

Acrescento, ainda, algumas recordações minhas que gostaria de registrar. Lá havia um Grupo escolar que visitei quando menina, porque minha vizinha, nossa querida amiga , a professora D. Olga Castanho Nania, dava aulas para turmas de pré-primário, justamente nesse Grupo e me levou quando criança, várias vezes, para conhecer o local ou para algumas festinhas juninas e de Natal.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Sobre nossa visita a Hilda Hilst



Ela residia na Casa do Sol, do condomínio Xangri-lá, em Campinas. 
Interior da casa (foto de Ricardo Lima)

Nessa época, 1991, Hilda, que sempre foi uma mulher lindíssima, não se deixava mais fotografar nem ser filmada, como havíamos pretendido. Segundo ela, não porque não gostasse da luz, como seu amigo J. Toledo, mas porque se sentia no direito de não ter nem ver mais registrada sua face.

Hilda Hilst em sua casa (Fotografia do Correio Popular)
Lá estivemos, Christina Ceneviva (fotógrafa do grupo) e eu, numa tarde de sábado. Respeitando o desejo da escritora,  não registramos nenhuma imagem, mas tivemos o privilégio de conhecê-la em sua intimidade e desfrutar de suas ideias geniais num encontro extremamente interessante. Gentilmente acolhidas pela Hilda, a ouvimos, mais do que falamos, contar suas histórias. 

(Foto de Ricardo Lima)




Uma lembrança interessante desta visita foi a chegada, com meu carro, recepcionado por uma infinidade de cães que Hilda costumava recolher, das ruas da nossa cidade, e adotar.


Hilda nos presenteou com uma de suas obras e foi muito solícita, mostrando-nos e comentando sobre as fotos nas paredes de sua casa.
                                              
A peça "A morte do patriarca", de Hilda Hilst, encenada em 1991, foi a obra escolhida como representante desta polêmica escritora no filme "Rapsódia para Cinema e Orquestra". Mesmo tendo sido insistentemente convidada a participar das filmagens, em presença,  Hilda recusou-se e nem quis ser apresentada na galeria de fotos iniciais do filme. 

Os atores mostrados em cenas, Luciana Garcia e João André Garboggini, eram os principais protagonistas da peça  mencionada, dirigida por Adolfo Lazzarini. 


  


                                                                                     

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Inspiração inicial do blog - Registro cinematográfico do ambiente artístico de Campinas em 1991

Em agosto de 1991, alguns alunos do Instituto de Artes da Unicamp,  realizaram um projeto comandados pelos professores Adilson Ruiz e Lívio Tragtemberg, professores das disciplinas: Realização Cinematográfica e Composição Musical, respectivamente, culminando com a realização do filme “Rapsódia para Cinema e Orquestra”, finalizado e apresentado à cidade em 1992.

Benito Juarez, Adilson Ruiz e Lívio Tragtemberg,
durante as filmagens.
A etapa inicial teve como objetivo verificar o estado das artes na cidade, com pesquisa de imagens, em vídeo e fotografia, tendo em vista realizar o roteiro e planejar a realização. 
Muitos dos artistas da cidade foram visitados ao longo do semestre e, no mês de novembro, convocados para os dois dias de gravações que ocorreram em diferentes locações campineiras como: o teatro interno do Centro de Convivência; os estúdios do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, e em alguns pontos marcantes da cidade de Campinas.

O projeto resultou num filme média metragem, no formato 16mm e editado em laboratório de São Paulo. O original foi doado ao Museu de Imagem e Som (MIS) de Campinas.

Recentemente, foram recuperadas as imagens de cópia em vídeo, e a identificação dos participantes se fez necessária.

A apresentação do filme original, à cidade de Campinas, aconteceu no Centro Cultural Vitória em maio de 1992. 
Fonte de imagem: 
http://www.campinasvirtual.com.br/galeria_campinas_antigas_3.html




Arte... Ponto de partida e de inspiração para seguir caminhos...



Momento de criação deste blog - Setembro 2015.
Proposta: incentivar a integração dos artistas e recuperação do vigor artístico em Campinas.

Na beleza das artes, chegamos ao limiar da transcendência...

Conforme George Steiner, a poesia, a arte, a música são os meios portadores desta vizinhança com a transcendência. A música nos transporta a um lugar inimaginável, traz uma sensação próxima do divino.

Steiner acredita que o sentido da transcendência é um pressuposto para todas as artes: “Quando se fala de Michelangelo, Rafael, Beethoven, Shakespeare, se trata de um mundo cheio de Deus. Não me refiro à sua fé pessoal. O campo de referência à transcendência está sempre ao alcance da mão. A obra de arte é um mimetismo, uma imitação do ato criador primeiro” (A Barbárie da Ignorância, de Mario Muchnik).[1]

Afinal, a inspiração artística vem de onde?
Como explicar as maravilhosas obras de arte criadas pelo homem senão por essa transcendência do ser com o criador do universo?



[1] http://www.quadrante.com.br/artigos_detalhes.asp?id=38&cat=3

sábado, 5 de setembro de 2015

Participantes do filme Rapsódia para Cinema e orquestra


A seguir relacionamos os artistas participantes, na ordem de apresentação do filme, dividido em quatro movimentos:

Abertura
1º movimento - preparação

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Maestro Benito Juarez
André Juarez
Érico Amaral
Frederico Barreto
Glória Cunha

Apresentação dos personagens destacados em moldura (fotos ou ao vivo)

- Foto de Carlos Gomes,
- Balança, funcionário da OSMC
- Shinobo Saito dos Santos
- Celso D’Angelo
- Carlos Fernandes
- Lucia Fonseca
- Gloria Cunha
- Fernando Lopes
- Geraldo Porto
- Fábio Bittencourt
- Nuno Abreu
- Marco do Valle
- Jerônimo Noboru
- Maestro Lívio Tragtemberg
- Geraldo Jurgensen  
- Luís Otávio Burnier
- Thomaz Perina
- Frederico Barreto
- Célio Turino
- Lucila Paiva 
- Paula Delgado
- Bernardo Caro
- Fernando Tacca
- André Juarez
- Adhemar Jurgensen
- Paulo Martins
- Victor Lazzarini
- Léa Ziggiatti

- Raul do Valle
- João André Garboggini
- Felipe Chepkassof
- Simone Di Pietro
- Marcelo Calderazzo
- Coraci Ruiz
- Elizabeth Ribeiro
- Marema Valadão
- Benedito Pupo
- Marco Benatti
- Plácido Pereira
- Marco Butti
- Carlos Vecchi
- Isabela Graeff
- Carlos Simioni
- Ricardo Puccetti
- Augusto Marin
- Filipe Santos
- Fábio Santos
- Fernando Siqueira
- Juliana Lemos

2º movimento - Ensaio

Benito Juarez
Francisco Biojone
Yara Brasil
Ricardo Freire
Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Luiz Otávio Burnier
Beto Mattos (performance com obra de Silvia Mattos em fibra ótica)
Luís Otávio Burnier (como Macário)
João Dalgalarrondo
Álvaro de Bautista
Luciana Garcia
Martha Strambi
João André Garboggini
Antonio Roseno de Lima
Carlos Fernandes

3º movimento - Realização

Grupo Think Freud
              José Carlos Vallerio
              André Luiz Vieira Cardoso
              Fernando Siqueira
              Renato Machado
              Plácido Pereira Júnior
Coral da Unicamp
              Luciana Barbero e outros
Martha Strambi
Glória Cunha
Jonas Lemos e grupo de teatro Evolução
              Juliana Lemos
              Elizabeth Ribeiro e outros

4º movimento – Apresentação das obras

Mário Gravem Borges
Egas Francisco - exposição Giro - 1991
Carlos Simioni - Kelbilingn – O cão da divindade
Celso Palermo - Fotos de Campinas
Bernardo Caro – Vídeo e quadro
João Dalgalarrondo (performance)
Antonio Roseno de Lima (obras)
Tomaz Perina (obras)
Jerônimo Noboru (obras)
Grupo Evolução - apresentação
 Balé da Lina Penteado – “Mozarteando”
              Cristiana Pacheco,
              Augusto Lima,
              Luciana Checchia,
              Simone Di Pietro,
              Ricardo Freire,
              Felipe Chepkassof
Apresentação (final) Orquestra Sinfônica de Campinas



Apresentamos nossas desculpas aos artistas não incluídos nesta relação por falta de identificação.  Após mais de 20 anos, não nos foi possível encontrar registros ou obter informações de alguns desses participantes.