Rapsódia Revisitada

quinta-feira, 19 de novembro de 2015




Antônio Carlos Gomes foi o mais importante compositor de ópera brasileiro. Destacou-se pelo estilo romântico, com o qual obteve carreira de destaque na Europa. 


Foi o primeiro compositor brasileiro a ter suas obras apresentadas no Teatro alla Scala de Milão. Nasceu em Campinas, no dia 11 de julho de 1836 e faleceu no dia 16 de setembro de 1896 em Belém do Pará. 

Maestro na época do Império, o campineiro Antônio Carlos Gomes (1836-1896) estudou música na Europa, financiado por D. Pedro II. Grato ao monarca, o mais importante compositor de ópera das Américas retribuiu o mecenato com lealdade: quando a família real seguiu para o exílio, Nhô Tonico, como era conhecido no início da carreira, rejeitou compor o hino da República, postura que lhe fechou várias portas. Carlos Gomes morreu no Pará, em dificuldades financeiras, como tantos outros artistas, motivo pelo qual seu acervo tenha sido doado pela filha ao Museu Imperial, anos após sua morte, já na década de 1940. 

Recentemente, a Coleção Carlos Gomes pertencente à instituição recebeu o Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da Unesco, por sua importância para cultura brasileira.
“Os documentos constituem-se em boas fontes para o resgate da figura do maestro e registram não apenas aspectos que dizem respeito à história da música brasileira e mundial, mas às mudanças da segunda metade do século XIX e a passagem para o século XX”, destaca a arquivista Thais Martins, pesquisadora do museu. Segundo ela, o título da UNESCO garante mais visibilidade à coleção e facilita a implementação de políticas de preservação e acesso à documentação, que já foi digitalizada e disponível ao público na Internet.

“O maestro Carlos Gomes passou à história como um intelectual e apreciador das artes, sendo considerado o maior compositor operístico das Américas no século XIX”.
A coleção é formada por 285 itens, incluindo fotografias, gravuras, desenhos, livros, e uma partitura – as outras (em sua maioria) estão sob guarda da Divisão de Música da Biblioteca Nacional.
Entre as raridades da coleção, destaca-se um álbum de recordações que possui mensagens de grandes nomes da época, como um desenho de Pedro Américo, um desenho e uma poesia de Victor Meirelles e uma dedicatória de Manuel Araujo Porto Alegre. Algumas pinturas que retrataram cenas da época da ópera Il Guarany, em aquarelas de Carlo Ferrario, cenógrafo do Teatro alla Scala de Milão, Itália. Objetos pessoais do maestro, como seu piano, também compõe a coleção, mas não entraram na lista da Unesco, já que o prêmio só é concedido a conjunto de documentos.

Apresentação da Ópera Il Guarany


https://www.youtube.com/watch?v=0HrjW1rSIqM
Abertura da ópera O Guarani

Obra inspirada na obra literária, homônima, de José de Alencar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Arte "Na Linha do Tempo" - exposição


"A Arte é vivida intensamente todos os dias e pode ser vista nas linhas do tempo de seus autores, a linha imaginária do tempo, a linha do tempo de seus currículos, a linha do tempo visitada no Facebook...
E é para falar sobre tempo e arte que seis artistas visuais se reúnem para a exposição Na Linha do Tempo.
Como é a alma do artista? Como se mostra para o mundo a intimidade de suas criações?" (Synnöve Hilkner)